Poética
Alguma palavra,
este cavalo que me vestia como um cetro,
algum vômito tardio modela o verso.
Certa forma se conhece nas infinitas,
a fauna guerreira, a lua fria
encrustada na fria atenção.
Onde era nuvem
sabemos a geometria da alma, a vontade
consumida em pó e devaneio.
E recuamos sempre, petrificados,
com a metafísica
nos dentes: o feto
fixado
entre a náusea e o lençol.
Meu poema me contempla horrorizado.
Cacaso in ‘Lero-lero’ (Editora Cosac Naify)
Soraya Abuchaim
/ 25 de janeiro de 2014Nossa, adorei o seu blog! Faz falta alguém que dê ênfase à literatura brasileira dessa forma.
Beijos
Meu Meio Devaneio
Valnikson
/ 25 de janeiro de 2014Obrigado pelo incentivo, Soraya!
A Literatura Brasileira é maravilhosa e merece toda a ênfase possível. Um forte abraço! :)